Evangélico russo se recusa a lutar na Ucrânia e é preso

A União Internacional de Igrejas Evangélicas divulgou a situação de Vyacheslav Reznichenko, um cristão russo que foi condenado a dois anos e seis meses de prisão por se recusar a lutar na Ucrânia por motivos religiosos. O caso teve várias tentativas de apelação rejeitadas.

Reznichenko é um dos vários cristãos que foram presos na Rússia por se recusarem a lutar na guerra contra a Ucrânia. Ele é um evangélico que acredita que a guerra é errada e que os cristãos não devem participar de guerras.

Outro cristão que foi preso por objeção de consciência é Andrey Kapatsyna. Kapatsyna também é evangélico e acredita que a guerra é errada. Ele foi condenado a dois anos e dez meses de prisão.

A Igreja Ortodoxa Russa, que é a maior denominação cristã da Rússia, se opõe ao pacifismo e o considera herético. Em junho, a Igreja Ortodoxa Russa condenou o padre ortodoxo russo John Burdin, que criticou a invasão russa da Ucrânia em um sermão e declaração pública.

Burdin foi preso, acusado e multado por um tribunal civil por "ações públicas destinadas a desacreditar o uso das forças armadas da Federação Russa para defender os interesses da Federação Russa e de seus cidadãos". Este ano, um tribunal eclesiástico decidiu contra ele e o proibiu de exercer o sacerdócio até que ele se arrependa publicamente, o que ele se recusou a fazer.

Outros cristãos também foram punidos por se manifestarem contra a guerra. Em agosto, a musicista e professora Anna Chagina foi multada e proibida de postar na internet depois de criticar a invasão russa na Ucrânia. No mesmo mês, o padre de 55 anos, Fr. Ioann Kurmoyarov, foi condenado a três anos de prisão e proibido de postar na internet por dois anos.

Em março, um cristão de 63 anos, Mikhail Simonov, foi condenado a sete anos de prisão por publicar comentários anti-guerra na rede social russa VKontakte. Sua apelação foi rejeitada e ele foi encaminhado para um campo de trabalho forçado.