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O Uso Errado do Púlpito na Igreja

  • Foto do escritor: Dayan de Paula
    Dayan de Paula
  • 14 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

O púlpito, um elemento central em muitas igrejas protestantes, é mais do que um simples móvel. É a plataforma a partir da qual pastores e pregadores compartilham as verdades do Evangelho. Tradicionalmente, ele está situado no centro da plataforma da igreja, elevado para simbolizar autoridade e centralidade na adoração coletiva.


Historicamente, o púlpito tem suas raízes nos templos pagãos e foi oficializado pela Igreja Católica na Idade Média como o local apropriado para a pregação. Com a Reforma Protestante, o altar foi deslocado, e o púlpito ganhou uma importância ainda maior, destacando a pregação como o foco central do culto.


No entanto, vale lembrar que Jesus e os primeiros apóstolos não usavam púlpitos da forma que conhecemos hoje. Eles pregavam em montes, sinagogas, e onde quer que encontrassem uma audiência disposta a ouvir. A palavra "púlpito" vem do latim pulpitum, que significa palco, sublinhando que seu valor não está no objeto em si, mas no propósito que ele serve.


A Essência do Púlpito: Veículo da Palavra de Deus


A verdadeira importância do púlpito está na mensagem que é transmitida a partir dele. O púlpito serve como um veículo para a Palavra de Deus, um meio pelo qual o Evangelho é pregado e as Boas Novas de Jesus Cristo são proclamadas. A Nova Aliança nos ensina que a presença de Deus não está confinada a edifícios ou objetos, mas reside no coração dos crentes através do Espírito Santo.


Usos Inadequados do Púlpito


Para manter a integridade e o propósito do púlpito, é crucial entender para que ele não deve ser usado:


  1. Propaganda Política: O púlpito não deve ser usado para promover agendas políticas ou candidatos. A igreja deve ser um lugar de unidade em Cristo, não de divisões partidárias. Enquanto é importante que os cristãos estejam informados e envolvidos na sociedade, o púlpito deve focar na mensagem do Evangelho.

  2. Discursos de Autoajuda: O púlpito não é um palco para palestras motivacionais ou fórmulas de autoajuda. A mensagem pregada deve ser baseada na Bíblia, apontando para a suficiência de Cristo e a ajuda que vem de Deus, não em métodos humanos para alcançar sucesso.

  3. Manipulação Financeira: O ensino sobre dízimos e ofertas deve ser feito com clareza e integridade, sem transformar a generosidade em uma transação comercial com Deus. Ofertar deve ser um ato de adoração e gratidão, não uma tentativa de manipular bênçãos divinas.

  4. Pastoreio à Distância: Problemas específicos de membros da congregação devem ser tratados em aconselhamentos privados, não expostos em sermões públicos. O púlpito deve ser usado para edificação coletiva e não para resolver questões individuais de forma indireta.

  5. Entretenimento Cômico: O púlpito não é um palco de stand-up comedy. Embora a leveza e o humor possam ocasionalmente ser usados para ilustrar um ponto, a pregação deve ser tratada com a seriedade que a Palavra de Deus merece. A congregação deve sair do culto com a mensagem de Deus gravada no coração, não apenas lembrando das piadas contadas.

  6. Terapia Pessoal: Pastores e pregadores não devem usar o púlpito para resolver suas próprias questões pessoais ou para buscar validação. A pregação deve ser centrada em Deus e na Sua Palavra, e não nas experiências e frustrações pessoais do pregador.


O Verdadeiro Propósito do Púlpito


O púlpito deve ser um lugar onde a Palavra de Deus é proclamada de forma clara, poderosa e fiel às Escrituras. A pregação deve ser profunda, mas acessível a todos, incluindo as crianças. A fé vem pelo ouvir, e ouvir pela Palavra de Deus (Romanos 10:17).


O objetivo é que a congregação saia dos cultos com uma compreensão mais profunda da Bíblia, uma fé fortalecida e um compromisso renovado com Cristo. A mensagem deve ser relevante, aplicável e transformadora, levando os ouvintes a uma vida de obediência e adoração a Deus.


Em resumo, o púlpito é um instrumento poderoso na disseminação do Evangelho e na edificação da igreja. Deve ser usado com respeito, integridade e um profundo senso de responsabilidade, sempre apontando para Cristo e Sua obra redentora. Parafraseando o apóstolo Paulo: "Prega a Palavra, insta a tempo e fora de tempo" (2 Timóteo 4:2).

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